18 de SETEMBRO de 2019
Nós da Revista PORTFOLIO estamos sempre de olho em causas nobres em prol dos que precisam da nossa atenção! Por isso peço a você, amados leitores desta coluna, que leiam com atenção o texto a seguir.
Entre os dias 20 e 30 de setembro, na cidade de São Paulo, a 2ª edição da Semana de Acessibilidade Surda (SAS) vai evidenciar ainda mais a presença das pessoas com perda auditiva na sociedade e mostrar que elas querem e podem conviver harmoniosamente com ouvintes. O evento visa promover a inclusão social dos surdos para conscientizar e mobilizar a população ouvinte sobre a recorrência da surdez. A programação conta com diversas ações espalhadas em diferentes pontos da capital paulista voltadas para surdos e ouvintes, de apresentações artísticas a iniciativas voltadas para o mercado de trabalho. Uma das novidades desse ano fica por conta do Workshop “Empatia do Silêncio”, em que convidados farão uma imersão ao universo da pessoa com deficiência auditiva.
Os atores Christine Fernandes e Tato Gabus Mendes, que interpretam os pais de uma filha surda na novela Malhação, da TV Globo, aceitaram ser madrinha e padrinho respectivamente dessa segunda edição da SAS que, pela primeira vez, conta com embaixadores surdos para ancorar as ações e sensibilizar ainda mais a população surda e ouvinte. Além deles, Giovanna Rispoli, que dá vida a Milena, a filha deles na trama, também apoia a Semana de Acessibilidade e é presença confirmada.
A ideia de criar a ação foi da jornalista Millena Machado, após ver as dificuldades pessoais e profissionais que uma prima ainda passa por ter ficado surda após sequelas de uma meningite. A apresentadora se sensibiliza com a causa dos surdos desde pequena e logo entendeu que, com cooperação, respeito, atitudes e mudanças de hábitos, todos podem viver com mais qualidade. Em 2016 a jornalista se posicionou publicamente e em parceria com o publicitário Alexandre Peralta, e mais de 20 amigos voluntários, criou ações para a conscientização sobre os problemas e transtornos que pessoas surdas sofrem justamente pelo fato de a sociedade civil, empresas e entidades públicas não estarem preparadas para lidar com este público. A iniciativa ganhou porte de Campanha Social e o nome #surdoehquemfala. De lá pra cá, ela assumiu um espaço público que vem sendo ampliando em diferentes áreas de atuação e conquistando a simpatia da sociedade e a atenção das empresas e que resultou na criação da SAS.
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