Lugar de Escuta reestreia no Teatro Núcleo Experimental, na Barra Funda

o espetáculo que debate a mulher, o feminismo e a busca por lugares de fala, faz temporada de 5 de fevereiro a 27 de março

29 de JANEIRO de 2019

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Lugar de Escuta reestreia no Teatro Núcleo Experimental, na Barra Funda

Debatendo Após o sucesso de sua primeira temporada, realizada no final de 2018, o espetáculo Lugar de Escuta reestreia no Teatro do Núcleo Experimental, na Barra Funda (SP), de 5 de fevereiro a 27 de março, às terças e quartas, às 21h. A mulher, o feminismo e a busca por lugares de fala, de expressões e de reflexões são temas debatidos pelo musical que propõe um mergulho por esses temas.

Lugar de Escuta é uma produção do Projeto M.O.T.I.M (Mulheres Organizadas por um Teatro em Infinito Movimento) em parceria com a Arina Entretenimento. O musical tem em seu elenco somente mulheres, dirigidas por Fabiana Tolentino.

"A experiência da primeira temporada foi bastante intensa e transformadora. Como a peça é diferente a cada dia, era uma expectativa muito grande (inclusive para nós) de como iria ser aquele dia em específico. Teve cena que estreou na última sessão do último dia de temporada! Outra que só saiu uma vez e depois nunca mais. O Tarot sempre sabe o que é melhor para todos ... Temos histórias incríveis de ‘coincidências’: no primeiro ensaio aberto, a primeira pessoa escolhida por uma das atrizes para sortear uma carta foi o Professor de Tarot da nossa taróloga (Luiza Luka), e a atriz que o escolheu não fazia ideia disso, só pra exemplificar" diz Fabiana Tolentino sobre a primeira temporada do espetáculo.

Lugar de Escuta é uma peça que se adapta a cada apresentação. As cenas, com diversos lugares de fala, buscam trazer um panorama sobre as infinitas questões e percalços que ser mulher e feminista nos dias de hoje representa, sem deixar de falar das delícias, por isso é também uma celebração. No total, são 22 cenas inspiradas pelos 22 arcanos maiores do tarô, porém somente oito delas serão apresentadas por sessão. Essas cenas serão selecionadas por um jogo de tarô com a seguinte pergunta: “Que peça de teatro a plateia de agora precisa assistir?” Sendo assim, a ausência de assuntos, de certa forma, também fala sobre eles.

Como na primeira temporada, a peça ganha um espaço, além dos palcos, onde haverá exposição de obras, especialmente criadas para o espetáculo, de cinco artistas. São elas: Beatriz Ghidalevich, Jessica Factor, Natalia Buell, Amanda Falcão e Mariana Rosa.

"Temos os painéis de quatro metros, já conhecidos de quem foi assistir, é a união do trabalho de quatro jovens artistas feministas da Belas Artes, todas, em algum lugar de sua obra, abordam questões feministas. Elas se uniram e criaram os dois painéis, inspiradas pelos textos da peça. E a Mariana Rosa é atriz, começou a pintar influenciada pelo teatro, pelas cenas que queria viver nele. Seu trabalho é baseado, não só, pela forma física da mulher, mas pela forma abstrata do universo feminino, a aura intensa, a Mãe Terra, galhos, flores".

Lugar de Escuta conseguiu sua segunda temporada graças ao financiamento coletivo. Em tempos em que a cultura brasileira sofre com a falta de investimento, além da ausência de políticas públicas que fomentem o teatro, surge cada vez mais a necessidade das pessoas se unirem, a fim de discutirem sobre temas pertinentes ao que regem os valores humanos e culturais.

"Eu acredito que qualquer espetáculo teatral ajuda a desenvolver um pensamento crítico, o teatro é a comunhão das almas, é onde nos reconhecemos ou não, e isso já nos tira do lugar de conforto. Eu acho que peças como ‘Lugar de Escuta’ tem o diferencial de proporcionar, além dos mil questionamentos internos e externos, um espaço de cura. Cura de dores passadas, de assédios sofridos, de dificuldades de lidar com a competição feminina ensinada... ouvimos muita coisa nesse sentido da plateia. Infelizmente, o acesso ao teatro ainda é algo a ser pensado por todos nós artistas, por isso acredito que qualquer iniciativa independente deveria ser incentivada, principalmente pela classe, que sabe o quanto é difícil produzir alguma coisa sem incentivo fiscal nesse país"  finaliza Fabiana.

Fotos de Stephan Solon


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