Valentina Saluz, aos 25 anos, Diretora Executiva da Nexxt Communications

Ela se tornou uma das executivas mais populares do mercado e uma das mais potentes vozes de sua geração

30 de SETEMBRO de 2021



Com apenas 25 anos, a brasileira Valentina Saluz tem um currículo de dar inveja. Além de trabalhar em grandes capitais mundiais da moda, como Londres, Nova York e Milão, ela aceitou o desafio de se tornar Diretora Executiva da assessoria de comunicação da Nexxt Communications em Paris, Milão e também em São Paulo.

Ela está se preparando para lançar o seu primeiro livro, “Coragem Para Viver”, contando sobre os grandes acontecimentos de sua vida, a baiana começou a carreira na moda aos 17 anos, escrevendo para um blog, e pouco tempo depois foi descoberta e chamada para ser modelo internacional, época em que teve passagens por Londres, Nova York e Milão. Foi assim que aprendeu a falar vários idiomas, como inglês, italiano e espanhol. E o seu crescimento no ramo fashion ocorreu de forma natural. Venham conhecer comigo um pouco da história dessa mulher trans, negra e corajosa, que se tornou uma das empresárias mais bem sucedidas no ramo de gestão e marketing e de carreiras de grandes nomes de sucesso.

LUIZ ALBERTO: Oiii, Saudade de você! Bem vinda, meu amor!

VALENTINA SALUZ: Obrigada, meu amor!

LUIZ ALBERTO: Prazer em ter você aqui. Essa pessoa doce, maravilhosa e poderosa. Eu vou falar com o leitor primeiro. Eu estou entrevistando uma mulher trans poderosíssima. Com 25 anos, a brasileira Valentina Saluz tem um currículo de dar inveja a qualquer um. Trabalhou em grandes centros mundiais da moda como Londres, Paris e Nova York (Para citar apenas alguns que ela atuou). Hoje ela é diretora executiva da assessoria Nexxt Communications e tem seus clientes em vários lugares do mundo. Modelos como Austin Marrone, artistas como Leo Picon, Caio Paduan, Guilherme Hamacek, Arthur Salles, Omar Didiba Gueye e Ivo Baldé.

Garota, vou te contar, hein? Você chegou e arrasou. (risos) Sei também que seu nome é trabalho. Vamos falar do início de sua carreira e como veio nessa cabeça, de 25 anos, ou melhor, aos 20, começar tudo isso e ser uma mulher de sucesso...

VALENTINA SALUZ: Antes de tudo, muito obrigada pelo convite! É uma honra estar aqui falando com você para a Revista PORTFOLIO. Então, tudo começou quando eu era muito pequenininha. Porque sempre sonhei muito e fui uma criança muito solitária. Minha energia gastava sonhando. Hoje sei que faz parte de uma PNL (programação neuro linguística) que meio que prepara a sua mente e você atrai aquilo que sonha para você. Tenho certeza porque passei minha infância inteira fazendo isso. Muitas vezes nada é muito novidade, como se eu já tivesse me auto preparado, me entende?

L A: Legal! O interessante é que você chegou na sua carreira fazendo trabalhos para a Vogue, Glamour, Marie Claire e L’Officiel, e vai por aí. Sua agencia produz trabalhos incríveis. Tem uma equipe que funciona muito bem, acho que escolhidas a dedo! (risos). Te acho extremamente eficiente no comando. Além de ter uma equipe eficientíssima. Posso dizer porque já fizemos várias capas com a Nexxt e foram sucesso. Tudo muito bem feito. Diria até, mais que muitas agências que precisam de um puxão de orelha.

V S: Não conta! (gargalhadas)

L A: Alguns mandam os textos todos malucos dos assessorados e a gente fica maluco aqui... (risos)

V S: A gente faz questão de ter toda pré-produção até o shooting. Tentamos, ao máximo, dar o mínimo de trabalho para a revista para que o artista tenha toda a possibilidade de ter 100% do seu trabalho publicado. Que dê tudo certo.

L A: Você saiu da Bahia, que eu amo, passou pela Europa e veio para São Paulo. Me conta essa transição. Na Bahia você já tinha iniciado sua transição para mulher?

V S: Na verdade, saí de Salvador aos 16 e fui trabalhar em navio de cruzeiros. Com 18 pra 19 já estava em Milão, trabalhando como olheira, tentando inserir talentos no mercado fashion e ali comecei minha transição. Brinco que eu nasci em Milão. Só tive coragem de começar minha transição bem longe do Brasil. Ainda é perigoso, mas, naquela época, mil vezes mais. Então, eu dei meio que uma fugida e quando me senti confortável, comecei minha transição.

L A: Você é um orgulho e um exemplo para quem nasce num corpo diferente e que acredita que não pode realizar esse sonho. Então, você fez a transição, virou uma empresária, sabe tudo de moda, enfim, para você que está lendo, nossa entrevistada é uma mulher de coragem. E é como mulher que nós vamos tratá-la! Vamos então entrar num assunto muito importante, no texto que você me enviou, tem um trecho que acho assustador. Nele está escrito que: De acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), somente no 1° semestre de 2021, 80 pessoas transgênero foram mortas no Brasil. Isso é terrível!

V S: Muito sério. Hoje o país que mais mata mulheres trans e travestis é o Brasil. E paralelo a isso, é o país que mais consome filmes eróticos trans. Olha que contraditório? Loucura, né?

L A: Acho uma doideira. Porque é totalmente o oposto. A pessoa guarda lá dentro uma “curiosidade” sobre o tema e do lado de fora mostra o ódio. Uma batalha interna que deve ser terrível...

V S: Sim, com certeza.

L A: Vamos voltar a sua bela carreira. Você chegou a São Paulo e foi buscando, buscando, buscando e chegou a este casting maravilhoso de modelos, atores, artistas, incluindo os internacionais. Fizemos capa com a Maite Perroni, (para vocês leitores que a conhecem, devem saber que a atriz mexicana é líder de audiência na NetFlix), com o Jake T. Austin que também é um ator maravilhoso e fez o maior sucesso com Feiticeiros de Waverly Place. Como você chegou a esse elenco? Acho que você tem a famosa cara de pau... É isso mesmo? (gargalhadas)

V S: Imagina se não tivesse!? Quando cheguei aqui em São Paulo, foi em março, cheguei meio que já pronta. A Nexxt já fazia um trabalho extremamente grande, muito bem feito com as revistas, acredito que vim para somar com essa minha ousadia e trazer tudo aquilo que estava vivendo em Paris, Milão e Nova York. A Nexxt hoje já tem a imagem dela. Ela já fala por si. Então, hoje, não precisamos ir atrás, geralmente, eles vêm atrás da gente. O importante é o artista ter retorno. Quando o artista tem retorno, a gente trabalha de coração, não tem como dar errado. É matemático.

Leo Picon depoimento Valentina Saluz Revista Portfolio

L A: Exatamente. Vocês fazem um trabalho perfeito. Você enfrentou algum tipo de preconceito, algum tipo de receio nessa área? Ou foi muito bem recebida?

V S: Então, sempre fui muito bem recebida no mundo inteiro. Hoje se alguém tivesse vontade de falar alguma coisa não teria coragem de falar na minha frente. Mas já aconteceu. No ano passado eu estava no desfile da Louis Vuitton, no Paris Fashion Week, e fui abordada por um rapaz YouTuber famosinho e ele comentou, “você está atrasada” e falei, “mas estou indo para o backstage e não tem problema”. E aí, no final, ela fala assim, “ciao, Rodrigo!” Uma pessoa que eu nunca tinha visto na minha vida, fiz que não escutei e segui o que tinha que fazer. Quando volto na internet, tinha milhões de pessoas no meu instagram mandando mensagens falando que o pessoal de Paris cancelou o vídeo e daí fui convidada para ser Rainha da Parada LGBTQI+ de Paris. Pena que foi num período que ainda estava abrindo os estabelecimentos, apesar de ter sido no verão, foi uma parada bem pequena, mas, dali tudo começou. Até então Valentina existia, fazia um bom trabalho, mas era mais no interno, conhecia as pessoas do mercado... Depois desse fato, Paris me abraçou, me protegeu de uma forma gigantesca. Então, hoje, as pessoas pensam umas duas, três vezes antes de fazer qualquer comentário.

L A: Então, o bobão ao invés de fazer uma grande piada de mal gosto, te deu uma grande força no seu trabalho. É tão bom quando damos uma resposta maravilhosa como esta, trabalhando e mostrando a competência. Por fim, Rainha da Parada LGBTQI+ de Paris. Chic, não é? (risos)

V S: E eu não tinha feito ainda minha transição. Vivia muito naquele mundinho de ter medo. A gente sofre muito por ter medo de sair de casa. Eu mesma não queria aparecer por nada. Em Paris, o Marco, CEO da Nexxt, ligava “olha, estão pedindo para você dar uma entrevista”, podia ser no lugar mais incrível possível, eu não tinha coragem, porque eu tinha medo do que as pessoas iriam falar quando me vissem.

L A: Um medo compreensivo...

VALENTINA SALUZ: Sim. As críticas são bem pesadas. É como se a gente tivesse que ser perfeita o tempo inteiro. E eu tinha saído de uma relação extremamente tóxica e já tinha colocado na minha mente que não deveria aparecer porque os comentários seriam negativos. E aí você imagina, eu me via ali tendo que aceitar, porque as pessoas foram tão solidárias comigo que eu não tinha como negar o convite e subi num trio elétrico e encarei o público pela primeira vez.

L A: Isso foi uma libertação. Foi libertador na verdade. Acho que foi o começo de toda sua história, da Valentina.

V S: Foi como se me empurrassem pra frente. Foi muito importante na minha carreira.

L A: Você acabou de terminar um namoro. Esse namoro sofreu muito preconceito?

V S: Então, volto a dizer o que estávamos comentando antes, hoje em dia as pessoas pensam duas, três vezes antes de falar. Sou uma mulher privilegiada porque criei meu privilégio. Acho que no início o preconceito vem muito mais do medo da pessoa em “o que as pessoas vão achar? O que as pessoas vão pensar?” Aconteceu há pouco tempo no instagram, uma garota perguntou se ele era gay? Eu pensei duas, três vezes antes de responder, mas depois, pensei, é respondendo que a gente faz as pessoas abrirem a cabeça. Mas, preconceito, pessoalmente não. Tinha uns haterzinhos, mas, 99% eram mensagens de amor e de incentivo.

L A: Nós também temos alguns, mas, graças a Deus, 99% são seguidores bem legais.

V S: A gente atrai o que a gente é, não é?

LUIZ ALBERTO: Exatamente, e o hater, coitado, se esconde atrás de um nome ou perfil falso, é uma pessoa muito triste e muito revoltada com a vida. Mas vamos deixar essas pessoas pra lá porque não vamos perder tempo com eles. Vamos em frente que a vida que segue. E a gente segue lindos e maravilhosos fazendo nosso trabalho e fazendo bem. Essa é a boa resposta. Valentina vai lançar um livro. Como é? Sobre o que? Quero um spoiler. (risos)

gabi lopes depoimento valentina saluz para revista portfolio

V S: Toda minha vida. Desde a barriga da minha mãe até os momentos atuais. Vou contar um pouco sobre tudo e a cada capítulo, talvez, vou expressar um lado meu. Adoro escrever poemas, poesias e venho escrevendo há muitos anos. É uma forma de me sentir mais próximo a mim mesmo, meio sozinha do mundo. Hoje vendo todos os poemas e textos que escrevi é como se fosse um feedback daquela parte que sofri minha vida. É uma coisa muito louca, mas tenho certeza que todos vão gostar muito. Tem muito drama. Minha vida é um cinema, um filme louco. Cada hora uma situação inusitada, acho que vou conseguir ajudar muitas pessoas.

L A: Seria um filme de muitas vitórias e conquistas também...

V S: É um autoaprendizado. Tenho uma relação muito boa com Deus, sempre acreditei n’Ele, acho que é o meu segredo. Acho que as pessoas vão conseguir se reencontrar com Deus. Creio que essa é minha missão.

L A: Você teria coragem de entrar num reality tipo “A Fazenda”? Seria muito interessante.

V S: Hoje não me sentiria pronta. Não por nada, mas por ainda estar em fase de transição. Tenho muita coisinha pra fazer, mas, talvez, em um ou dois anos, por que não?

L A: Você está acostumada a viver bem maquiada, bem bonita, com o cabelo arrumado e tudo mais e acordar de frente para as câmeras, você está preparada para isso?

V S: É justamente no dia que eu me olhar no espelho e falar “estou pronta!” Acho que em um ano estou pronta. As terapias estão aí pra isso.

L A: (gargalhadas) O que você tem de projetos futuros além do livro?

V S: Bem, eu não paro. (risos) Eu durmo muito pouco, porque minha mente pensa demais. Ela vai, ela vai e não consigo dormir muito. Às vezes acordo desesperada. Projeto? Tenho vários. Em novembro está vindo um pessoal bem legal de fora. Graças a Deus estamos avançando muito com as vacinas. Vamos conseguir trazer bastante pessoas legais, bastante clientes americanos. Estamos com o projeto de que assim que puder retornar com a Casa Nexxt onde colocamos vários influenciadores com ambientes para produção de conteúdos. Obviamente que vamos seguir todos os protocolos. Não sei se faremos shows de primeira, mas, esperamos que ainda este ano consigamos voltar com este projeto bem legal. Tem também algumas séries que estamos em projeto de gravar. No começo do ano que vem volto para Milão e passo uma temporada por lá. Cheguei em São Paulo e gostei bastante, mas, me assusta um pouco por que tem muitas pessoas más. Tem gente má no mundo inteiro e as pessoas me alertavam e diziam, “Val, São Paulo é diferente”. Ah... Que isso! Venci em Nova York, Paris, Milão, mas aqui eu fico assustadíssima! Junto tudo e não dá. Depois de um ano, preciso voltar para meu cantinho. Aqui você não pode piscar o olho.

L A: Qualquer coisa que você faz, às vezes, toma grandes proporções e a gente não sabe o porquê. São coisas pequenas que tomam proporções imensas e a gente não entende.

V S: Acho que as pessoas vêm te beijam, te abraçam e criam uma expectativa e expectativas geram desilusões. Isso às vezes vai criando um ódio e a gente não sabe nem o que está acontecendo.

L A: E sua equipe lá da Nexxt? O pessoal trabalha, hein?

VALENTINA SALUZ: Nossa! Boto todo mundo para trabalhar. A gente trabalha com muito fuso horário. Às vezes tem um cliente que está em Milão e ele está precisando de alguma coisa e temos que estar disponível. Eu mesma não desligo o celular, não tenho coragem. Ainda mais a gente que trabalha com gestão de crise a prioridade é sempre o cliente. A equipe trabalha bastante.

L A: Você tem sempre contato com seus assessorados? Com todos eles? Com todos eles na medida do possível, claro. Estão sempre conversando e fazendo projetos? Como funciona isso porque quero entender a dinâmica do seu trabalho?

Gui Hamasek depoimento Valentina Saluz Revista Portfolio

V S: Tenho uma equipe boa para resolver tudo, mas eu, Valentina, participo desde a primeira chamada com o cliente e estou todos os dias ali nos grupos, vendo, se precisar eu mesma ligo, pergunto, falo. Gosto de estar presente porque a gente lida com sonhos e quanto mais próximo estivermos dos clientes, maior a chance de ele estar feliz. É o que importa para gente. Acontece de nos tornarmos amigos da maioria e também tenho como regra que um assessorado nosso tem que ter um contato direto conosco. Se passa por um monte de gente antes, chega tudo errado.

L A: Chega tudo trocado. É aquela história do telefone sem fio. Já tive alguns problemas com artistas que não tem uma, mas, várias assessorias. E eu não entendo por que. Complica pra gente, porque é muito difícil trabalhar e saber a real. Um diz isso, o outro diz aquilo e sem o artista saber. Às vezes tenho que ligar para o próprio artista.

V S: Isso, muita gente que trabalha com ele aproveita e diz “bem, vou fazer um pouquinho do meu jeito porque sei que vai ser melhor” e aí, joga para a gente. Aí tem artista que fala “mas eu tenho que estar no grupo, não podemos falar no privado?” Eu digo: “Não, você tem que estar no grupo porque tem que acompanhar tudo. Então, é melhor você estar ali, coloca no silencioso, todo dia dá uma olhadinha”. Nós trabalhamos com comunicação, aprendi muito com o Marco, nosso CEO, se você trabalha comunicando esse telefone sem fio só corta e atrapalha o sucesso do cliente. Então, temos que estar perto mesmo, ligar, falar, puxar a orelha quando tem que puxar e vamos aprendendo um com o outro.

L A: Meu amor, você foi uma benção pra gente porque é uma mulher objetiva, uma pessoa que trabalha muito, leva o trabalho muito a sério e trabalhar com você, fiquei muito feliz, conversamos, rimos muito. Aliás, precisamos nos falar mais pra rir um bocado!

V S: Um vinhozinho, já que estamos todos vacinados, acho que a gente merece.

L A: Claro que sim! Foi um prazer enorme te entrevistar. Você representa milhares e milhares de pessoas. De todas as formas. São as trans, os travestis, as mulheres... A luta de uma pessoa, independente de sexo ou gênero. Você é a prova que se consegue vencer com trabalho. Isso é muito importante. Adorei passar para o meu leitor um pouco da sua história. Eu realmente estou muito feliz de ter te entrevistado. Muito feliz.

V S: Para mim foi uma honra. Adoro a revista PORTFOLIO. Para mim é uma das melhores. Amo a maneira que vocês abordam, o carinho e o cuidado que vocês tem com cada entrevistado, com cada capa. Pra mim, sair, vai ser uma coisa importantíssima na minha vida, porque é a primeira capa. Estou muito feliz e espero muito poder ajudar e contribuir para aquelas pessoas que sofrem. Acho que também estou aqui para isso ao contar um pouco da minha história. Espero que eu possa, de alguma maneira, ajudar as pessoas a serem o que elas querem ser. Independente do que os outros dizem.

LUIZ ALBERTO: Exatamente. Um beijo grande. Feliz demais por ser a sua primeira entrevista e capa. Um beijo grande e muitas felicidades com esse astral lindo que você tem. E com esse bom humor, que já conversamos muito e adorei. Depois que desligamos o telefone, ri muito. Você tem histórias engraçadas, você leva tudo com muito bom humor. Até essa história de transfobia você lida muito bem com isso. A gente sempre tem que ter bom humor, se não tivermos, já era! Te amo! Beijo, beijo!

V S: Beijo, beijo.

É isso meus caros leitores. Estamos conectando o mundo, as pessoas reais, aos novos tempos que pedem de nós atos e visões atualizados sobre o mundo!

Ativando o modo atualizar...

FICHA TÉCNICA:

Foto: Fernanda Frasseto l Stylist: Rafael Menezes l Make: Renner Souza 

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