20 de MAIO de 2018
Celebrando 10 anos de carreira, o cantor e compositor Diogo Nogueira está na estrada com o show do novo álbum “Munduê”, seu primeiro projeto inteiramente autoral e que traz sonoridade que privilegia a batucada e o samba de raiz. Com cenário de Helio Eichbauer e luz de Arthur Farinon, a turnê estreou em São Paulo, nos dias 20 e 21 de abril, no Teatro Bradesco, e, na última sexta (18) chegou ao Rio de Janeiro, no Vivo Rio, com participação de Lucy Alves e Hamilton de Holanda.
A turnê segue depois para Natal, em 25/05, no Teatro Riachuelo, Fortaleza, em 26 de maio, no Teatro RioMar, Salvador, em 27/05, no Teatro Castro Alves, Novo Hamburgo/RS, no dia 08 de junho, no Teatro Feevale, Porto Alegre, no dia 09 de junho, no Teatro do Bourbon Country, e emBrasília, no dia 21/07, no Centro convenções Ulisses Guimarães.
Há muito tempo Diogo Nogueira deixou de ser uma promessa para se tornar um de nossos maiores sambistas. Honrando o DNA herdado de uma das figuras mais queridas e emblemáticas do samba, o pai João Nogueira, o artista tem levado adiante o bastão do gênero sempre buscando se integrar aos novos, sem abandonar a velha guarda ou ceder aos modismos puramente comerciais.
Artista multifacetado, Diogo é cantor, compositor, instrumentista, apresentador e estreou como ator em 2015 no musical “SamBRA”, além de apresentar o programa“Samba na Gamboa” (hoje a maior audiência da TV Brasil e também exibido na TV Cultura). Atualmente comanda semanalmente o programa de rádio “Batukada Boa”, com uma roda de samba ao vivo, na Rádio Transcontinental, São Paulo.
Após chamar a atenção de Chico Buarque e Ivan Lins, que lhe deram uma canção inédita (“Sou eu”), gravou um DVD de clássicos do samba numa viagem a Cuba, conquistou dois Grammys e emplacou quatro sambas-enredo na Portela, sempre consagrados com notas dez dos jurados. Sua discografia rendeu seis discos de ouro, três DVD de ouro, dois de platina e um de platina dupla – e agora chega ao final de sua primeira década de carreira com o disco “Munduê”.
Pela primeira vez, Diogo Nogueira assina todas as faixas do álbum. Ao longo de 14 composições, ele apresenta parcerias com nomes da nova geração e dedica o trabalho a mestres do gênero, como Noel Rosa, Zeca Pagodinho, Cartola, Candeia, Monarco, Paulinho da Viola, Jorge Aragão e Nelson Cavaquinho, entre outros. Já Martinho da Vila, também saudado, e que terá uma homenagem especial durante o show, escreveu a elogiosa sinopse. “Este é o quinto disco de estúdio, mas, na essência, é o seu primeiro de puro samba. (...) Eu, cá na Vila, bato palmas e digo: vá em frente, menino. Agora, se alguém perguntar quem é o Diogo, não preciso responder que é o filho do João Nogueira. Afirmo com segurança: É um belo cantor, com personalidade própria. Um artista verdadeiro. Um elo na corrente da perpetuação do samba”.
O álbum “Munduê” foi produzido por Rafael dos Anjos com Alessandro Cardozo e é um trabalho que representa a salutar tomada de posição de Diogo em favor do bom samba de raiz, com arranjos com ênfase na percussão, e mensagens na linha positiva, que quer também melhorar o País e o mundo com seu som, incluindo mensagens para energizar nosso espírito em tempos tão tenebrosos. E o show segue a mesma proposta.
No repertório, destaque para o samba com pé no chão, com muito batuque, foco na ancestralidade, através de músicas inéditas de sua autoria deste seu último álbum e também composições que fizeram sucesso e marcaram a sua carreira. Além da música que dá título ao disco, “Munduê” (Diogo/Bruno Barreto/Hamilton de Holanda – que também esteve no show), “Coragem” (Diogo/Fred Camacho/Leandro Fab), que ganhou clipe recentemente, “Tempos Difíceis”, de Diogo e Leandro Fregonesi, e “Império e Portela” (parceria dele com Dona Ivone Lara/Bruno Castro/Ciraninho), outras canções do CD dão o recado de positividade e esperança em tempos melhores, assim como “O Homem Também Chora (Menino Guerreiro)”, de Gonzaguinha, e “Apesar de Você”, de Chico Buarque. O nordeste, que sempre marcou presença nos shows de Diogo, neto de nordestinos, tem seu momento de destaque na inédita "Mercado Popular" (Diogo e Fregonesi), com a presença da cantora Lucy Alves, que também participou do disco.
O cenário traz uma tela gigante onde são projetadas sombras com diversas imagens de acordo com as músicas do show.
Fernanda Montenegro, já homenageada por ele no disco “Mais Amor”, de 2013, faz uma participação especial numa locução gravada de um trecho do livro “Grande Sertão: Veredas”, de João Guimarães Rosa, do qual uma frase inspirou Diogo a compor a música “Coragem”.
A banda que o acompanha é formada por João Marcos (baixo e direção musical), Henrique Garcia (cavaquinho), Wallace Pres (violão), Jefferson Rios (bateria), Maninho (percussão), Bruno Barreto (percussão e coro), Wilsinho (percussão) e Fabiano Segalote (trombone). Veja cenas do show e que esteve por lá nas fotos de Vera Donato.