17 de OUTUBRO de 2021
Nessa última semana eu tive o prazer de entrevistar um das caras mais queridos e admirados da web. Nosso entrevistado está em viagem pela Europa e, numa parada em Barcelona, abriu espaço para termos uma conversa e muitas considerações importantes aliada ao humor.
Leo Picon é generoso, brincalhão e bem sucedido em seus canais da web e na sua vida profissional.
E como já disse anteriormente, sua generosidade e acessibilidade o torna um jovem ser humano admirável. Vamos, então, ao bate-papo com ele?
Luiz Alberto: Ei Leo. Que prazer em ter você aqui!
LP: Fiquei muito feliz em fazer a capa de vocês. Obrigado pela oportunidade.
LA: Obrigado a você, que está aí em Barcelona e tirou um tempo para me atender. Aliás, como é que está sendo a viagem? Foi para Paris, agora Barcelona? Que maravilha. Claro que está sendo ótima essa viagem não?
LP: Legal demais! A gente planejava fazer uma viagem dessas, eu e minha irmã (Jade), fazia um tempo e ficamos muito presos em São Paulo nesses últimos 15, 16 meses por conta da pandemia. Quando vimos que dava pra gente fazer, principalmente com a reabertura dos eventos. Conseguimos pegar a volta presencial da Semana de Moda de Milão, de Paris, foi muito legal a energia nesses lugares com tudo voltando. Aqui as coisas voltaram mais rápido, né? Então, está sendo muito legal viver esse recomeço que a sociedade está tendo para tudo. Está tudo muito diferente, tudo muito legal.
LA: Que bom voltar ao normal? As coisas voltarem ao normal.
LP: Na verdade, não existe um estado normal, né? Está tudo sempre em constante transformação, então é muito, muito bom a gente viver as mudanças que o mundo vai trazer após tempos muitos difíceis, não é? Acho que esses tempos causam isso. Historicamente a gente tem vários períodos que a humanidade atravessou nessa vibe. Em Paris mesmo rolou um período chamado Belle Époque¹, séculos atrás, que veio de uma recuperação de um momento muito triste, muito difícil para a humanidade. Isso tudo é a energia que eu tenho sentido em todos os lugares que venho passando.
LA: Sim, a Belle Époque surgiu num momento de necessidade do povo parisiense de uma transformação. A gente vive sempre em transformação. Então, como naquela época, esperamos “voltar” a caminhar para frente, na verdade. Cheios de coisas novas e criativas...
LP: Exatamente. O normal que a gente se refere é muito sobre aos hábitos de distanciamento, de uso de máscara, que de fato foi tudo muito difícil. Mas, esse convívio normal vai ser muito potencializado. Eu tive muito tempo para pensar, para me organizar, acho que todo mundo teve e está tudo voltando. Muito legal. Acho que quem tinha um negócio parou para pensar sobre o negócio, quem tinha um projeto parou para pensar sobre o projeto e tudo está tendo continuidade.
LA: Leo você tem toda razão e eu penso a mesma coisa. A gente se adaptou nessa pandemia, fez a gente pensar, se reinventar. Enfim, criamos várias coisas. No meu caso aqui, criei a entrevista via internet que foi muito bom durante a pandemia que me proporciona conhecer pessoas bacanas feito você.
LP: Muito obrigado! (risos)
LA: Já era meu objetivo a um tempo de te entrevistar, viu garoto? (risos)
LP: Que irado! E são coisas assim, que vemos que até melhora nosso trabalho comparado a como era feito antes. E que isso vai ter efeito nas suas reportagens, nas suas matérias e tudo isso pode acontecer em muitos meios. Então a galera evoluiu na maneira de se fazer muitas coisas.
LA: Mas eu quero começar falando em trabalho. Falar de um menino de 15, 16 anos que começou a fazer um sucesso danado há um tempo, primeiro no Orkut², nem sei se existe mais Orkut, existe? (gargalhadas)
LP: Não, o Orkut acabou. Háhahá!
LA: Hahaha... Eu recebia muito no Orkut aquela coisa “Tô com saudade de você” e era um vírus. (gargalhadas) Era muito engraçado. No Orkut era muito fácil de receber um vírus e acabar com a sua vida.
LP: E a galera não tinha muito conhecimento das coisas, né?
LA: Não. Era tudo muito tosco... Mas Leo, com 16 anos você começou no Orkut.
LP: Não. Comecei no Orkut com 13. Foi a idade que eu comecei a bombar no Orkut. Muito por conta de ter sido saído no blog da Capricho.
LA: Exatamente, ia falar da Capricho, foi Garoto Capricho, não é?
LP: Fui.
LA: E esse Garoto Capricho fez um muito sucesso. Me conta como foi.
LP: O Orkut foi uma das primeiras redes sociais a se popularizar no Brasil. E nessa rede eu comecei a fazer um sucesso enorme, ter vários perfis lotados, perfis que se passavam por mim, e para os parâmetros dessa rede social, eram números muito altos. Com o tempo foram surgindo outras redes, como o Twitter, que aproximaram muito o contato de todos os artistas com todos os seguidores, com os fãs, com as pessoas que simpatizam. Através do Twitter, já comecei a monetizar muito minha imagem, porque eu com as pessoas era um amor de adolescente. E era muito doido, tá? Recebendo aquele carinho, vivendo uma vida, até então, uma vida comum, de ter que ir à escola e no fim de semana, comecei a fazer presença vip em eventos em São Paulo, pelo Brasil. Era uma euforia muito doida. Na época era tudo muito novo pra mim. Eu tinha pessoas próximas que viviam algo parecido e isso me ajudou muito a ter uma leitura mais clara. Mas era uma euforia muito grande ao entrar em casas lotadas com 500, 600 pessoas com escolta de segurança. Era engraçado porque os adultos achavam engraçado, eles não entendiam. Como é que eu tinha isso se eu não estava na TV?
LA: Tipo, quem é esse cara, que não está na TV, e está fazendo esse sucesso todo? (risos)
LP: Era mais ou menos isso, porque as pessoas não tinham conhecimento muito da internet, de redes sociais. Hoje em dia a internet é a maior fonte de expoentes da cultura. Mais até do que as novelas, Malhação, essas coisas que revelavam muitos expoentes na cultura jovem. Isso foi uma ruptura, vivi esse momento de ruptura. E aí, com o tempo, isso foi se desenvolvendo, também fui ficando mais velho, e com 15 anos tive a ideia de abrir a Approve, minha marca de roupa.
LA: Eu ia falar sobre ela agora! Com 15 anos, você abriu a Approve, que é Just Approve.
LP: Vou contar a história qual que era. A ideia Inicial era ser Approve, mas, quando a gente foi comprar o domínio, tudo isso bem jovens, entrando, comprando domínio, foi o primeiro domínio que eu comprei sem saber ao certo como fazia para comprar um site, sabe essas dúvidas? Isso lá traz em 2012. E aí, o domínio aprove.com estava sendo vendido por 150 mil dólares!
LA: Nooosssaa!
LP: Cara, o câmbio não estava tão pesado como hoje, mas, infelizmente naquela época, minhas presenças em festas e tudo mais não tinham me dado esse card. E tivemos que criar alguma coisa para colocar antes ou depois do Approve, sabe? E aí, como a palavra Aprove era muito remetida a esse símbolo de aprovado, está ok! Tivemos a ideia do Just. Ficou então Just Approve. Apenas aprove, na tradução. (risos).
LA: Exatamente. Você também é um dos fenômenos do YouTube, é muito querido.
LP: YouTube é uma pira. Nunca consegui me envolver de verdade com essa plataforma. Então, foram várias fases da minha vida que eu tirei um tempo para fazer um vídeo para o YouTube. Tem de tudo lá. Você olha e tem 10 anos de história da minha da vida, porque não criei muitos formatos para ficar. Nunca dependi do YouTube, então não dependi de uma rotina de conteúdo. O YouTube é muito louco. Ontem mesmo, estava com umas crianças aqui que gostam de YouTube e tal tal tal e aí eles queriam ver meus vídeos de quando eu tinha 15 anos.
LA: Que bonitinho! Deve ser muito bacana. Vou lá, vou procurar para ver.
LP: Tem lá, tem tudo. E aí eu fui lá peguei os uploads mais antigos do meu canal e tem lá tudo. É louco porque de certa forma, vai contando, vai narrando minhas histórias. Mudanças, quando eu saio de casa, quando mudei de apartamento, quando abro meu primeiro negócio. Explicando como é que foi quando abri o segundo negócio, o terceiro e eu fui fazendo vídeos de alguns momentos assim. Muito legais. Fora os quadros de entretenimento que eu fui gravar com amigos. Sempre tive isso para o meu canal, sempre quis gravar com os meus amigos, saca? Nunca quis ficar convidando. “Ah, vem cá participar do meu YouTube”. Recebi essa recomendação, mas queria gravar só com meus amigos.
LA: Leo, é muito interessante porque você, na época, era um menino com 15 anos, 13 anos sua e hoje, aos 25, você tem uma hamburgueria, que vamos falar daqui a pouco, o Galleria Bar, que também vamos falar daqui a pouco, mas há alguém me contou, inclusive uma ex-vizinha sua, chama-se Anne Pepela Surita, muito minha amiga, que desde pequeno você era um cara muito, muito, muito focado. “Eu quero isso. Eu quero. Meu objetivo é esse. Eu quero fazer sucesso nisso” é verdade?
LP: Verdade. E a Anne, no caso, ela é mãe do Dudu e do Emilinho, esposa do ícone de comunicação no Brasil, o Emílio Surita. Muito bom o convívio com eles. Sempre fui amigo de gente mais velha, o Dudu e o Emilinho eram bem mais velhos que eu no âmbito escolar. Acho que o Dudu tinha dois anos à frente. Ele foi um expoente que veio na minha frente, saca? Fizemos muito trabalho juntos e a Anne era uma mãe que acompanhava muito os trabalhos. Eu costumava dar um jeito de ir sozinho, porque, trabalho para mim sempre teve que estar junto com diversão e eu, graças a Deus, sempre consegui conciliar isso. Então, ia com 13, 14 anos e ia atrás das menininhas que estavam lá e não ia querer fazer isso com a minha mãe por perto.
LA: (gargalhadas)
LP: Ah, e na época era uma estrutura que começamos a ganhar dinheiro, um dinheiro legal, principalmente o Dudu, e começamos a ver como muita coisa funcionava, né? Então a gente participava de festivais de 4, 5 mil pessoas, íamos ao camarim com artistas como Fiuk, banda Cine, Restart e eles eram fenômenos gigantescos na época. E aí, além da amizade que fica, porque o Fiuk é um grande amigo meu até hoje, o DH, vocalista da Cine também. Aprendi muito com essa galera, de sempre ser comunicativo, curioso. O DH me fala assim, “cara, eu me lembro de você até hoje, você era uma criança, não tinha nem um metro e meio, você entrou no nosso camarim com aquele seu cabelinho todo pequenininho e falou: E aí? Vocês que são os caras da banda Cine? Cadê a mulherada que anda com vocês?”
LA: (muitas gargalhadas! Porque o Leo é um cara muito divertido!)
LP: Nem eu me lembrava disso. Ele me conta e fala “mano, você era uma figura.” Acho que isso daí sempre esteve dentro de mim. Sempre fui focado desde pequeno, determinado, comunicativo. E com o tempo, acho que é um processo muito triste da nossa sociedade, ontem foi o Dia das Crianças e pude refletir bastante que a gente vai podando esse espírito.
LA: Se podando, se cobrando, às vezes.
LP: A sociedade pede que a gente se contenha, né? Então, o bebê chora e ele é contido, o bebê quer subir na mesa e ele é contido. Então vamos sendo contidos, contidos em todos os âmbitos possíveis e é muito doido. Eu tento, diante de toda seriedade, responsabilidade das coisas que eu vivo, manter essa criança dentro de mim. Pra mim, uma das experiências mais doidas referentes a isso, de ser criança, foi minha aproximação com o Renato Aragão. O cara tem 80 anos e eu vi, pô, ele tem aquela criança viva dentro dele. Sabe, olho para o futuro, como é que eu quero estar com 80 e poucos anos? Um cara rabugento ou um cara completamente de bem com a vida se comunicando com todas as gerações e continuar com essa alegria de ser criança? Porque criança tem muitas virtudes, a gente associa muito ao lado ruim. Tipo, falar para parar de ser criança e tal e tal, mas a verdade é que as crianças têm muitas virtudes e muitos aspectos que a gente tem que admirar.
LA: Poxa vida Leo, que lindo isso cara... Ser criança é muito bom! É o contexto da inocência, da pureza e do bom humor. Porque você tem muito bom humor. Eu acho que apesar de você ser cara sério no trabalho, você é meio molecão e eu acho que você não deve perder essa brincadeira, essa molecagem, essa coisa que você transmite, para mim pelo menos, muita alegria, muito bom astral e bom humor. Eu acho isso.
LP: Eu me esforço, porque quando eu vejo pessoas eu sinto um anseio de fazê-las darem risada. Muitas vezes anseio também de passar uma visão legal. Então eu tento unir isso. Meu pai sempre foi um cara de muitas piadas. Sempre consumi muito conteúdo de humor, fiz teatro muito tempo. Fiz vários módulos de teatro voltados ao improviso e para mim o número só funcionava se fizesse a galera rir, saca? Eu acho que o humor é super importante, super necessário pra vida.
LA: É a própria vida!
LP: Eu acredito muito que um dia sem sorrir é um dia perdido.
LA: Acho também. Estou sempre disposto ao humor. Sempre na minha vida acordo bem humorado, quero ficar bem humorado durante o dia inteiro. Porque com humor, com alegria, você consegue resolver tudo. Você consegue resolver os maiores e os piores problemas se você tiver um bom humor e muita calma.
LP: Olha, resolver, resolver... Nem sempre, mas passar por eles da melhor forma com certeza.
LA: De uma certa forma, passar por eles é resolver. Não deu, não deu.
LP: Exatamente.
LA: Voltando ao Leo empresário. Você tem uma produtora de vídeos, uma hamburgueria, “Luz, Câmera, Burger”, achei muito interessante esse nome.
LP: Ela veio junto com a produtora. Era um ambiente de vídeo, onde os hambúrgueres sempre faziam parte da refeição. Então, poder casar esses dois universos que gosto muito é uma delícia. E o de lá é muito, muito, muito bom de verdade. Geração de conteúdo, que também está conectado ao bom humor, sempre busquei colocar humor dentro dos meus vídeos, foi um foi uma liga muito importante para minha vida.
LA: Ainda não conheço, mas vou conhecer. Também não conheço o Galleria Bar. Fui, mas estava um pouquinho tarde. Era um daqueles dias que você tira para curtir a noite inteirinha e acaba não dando para curtir tudo. Quando cheguei ao Galleria era muito tarde. Mas já marquei com alguns amigos de ir lá conhecer.
LP: Dia 20 de outubro agora eu retomo minha noite de quarta, que foi a última a voltar dentro da programação, porque eu não queria fazer ela pela metade, saca? Quis esperar todas as restrições serem suspensas. Então, a partir do dia 20 vai ser uma retomada com mesas e a partir de novembro está tudo liberado.
LA: Graças a Deus! Em novembro vou lá conhecer. Novembro já está aí.
LP: Por favor.
LA: Você está aí com a Jade sua irmã. Ela é uma boa companhia de viagem?
LP: Cara, eu não sei o que acontece comigo, mas eu sou um puta companheiro de viagem legal. Fico impressionado. Mas, eu viajo com mulheres e tem uma hora que eu fico de saco cheio, porque é uma convivência muito próxima, dividir quartos muitas vezes pelos destinos que a gente passou. Mulher é um ser de uma complexidade (risos)! Eu sou tão simples. Eu sou tão fácil de agradar. Você olha pra mim, mano, eu tô tomando chuva com frio. Tô assim feliz. Agora, a mulher, mano, eu não sei o que acontece.
LA: É complexo, é complexo, não tem jeito.
LP: A gente não vai, jamais, generalizar comportamentos por sexo, mas tem uma diferença entre homens e mulheres, que quando eu convivo muito tempo com mulher, igual nessa viagem, começo a entrar dentro do ser feminino, eu falo, mano...
LA: Elas te carregam, elas são poderosas. Elas te carregam para o mundo feminino. (risos)
LP: Mas é doido, porque são seres muito diferentes, na complexidade, nos gostos. Às vezes eu não quero fazer nada. Tô de boa. Não quero fazer nada e ela vem me acelerar, “ah, vamos, e tal e tal” É uma doideira. Mas isso é a parte que eu refleti muito essa tarde, porque eu percebo que chega um nível quando eu vou fazer longas viagens com uma só pessoa, com uma mulher que eu falo, “mano, tô de saco cheio, preciso de um tempo meu!” Por isso que agora tô até no bosque aqui. Mas é uma maneira também de cuidar da relação. Está sendo muito bom. Minha irmã é maravilhosa e está sendo uma convivência muito intensa. Que tem também conflitos por qualquer conversa, tem atritos.
LA: Claro, uma viagem longa então, com certeza tem seus momentos de atrito, de saco cheio, você está cansado.
LP: E divertido. Ontem mesmo comecei a dar um sermão nela e eu comecei a fazer isso de uma forma tão engraçada que a gente chorava de rir. Eu falava tudo que eu pensava. “Você tem noção? Você consegue entender?” Eu falava, falava, falava e a gente chorava de rir. E eu falava, “mas é sério!” Falava, falava e a gente chorava de rir.
LA: Que bom, Leo, que você é essa pessoa leve. Eu já te conhecia dos seus vídeos e na nossa entrevista estou vendo que você é uma pessoa leve, um cara bacana. E conserve sempre esse meninão dentro de você. Faça mesmo como Renato Aragão, nosso sempre Didi, porque é essa a receita da longevidade, digamos assim.
LP: As pessoas querem extrair um adulto de mim, que fale sobre empreendedorismo, sobre... E cara, acho que não é esse o meu caminho.
LA: Ah... Não liga não, vai levando.
LP: Eu quero falar sobre a vida, porque a vida é nosso maior empreendimento, não é dinheiro, não é empresa. Porque existem vários caminhos, imagina pô, “tá, não tenho empresa, não quero ter empresa, nunca vou ter uma empresa, ou, nunca vou empreender cara!” Não existe caminho. Quero falar sobre a vida que é nossa maior benção, nosso maior presente. E obrigado! Fico feliz com seu conselho porque é a vontade que eu tenho no coração, de ser sempre um menino. Claro, que com o tempo a gente tem novas responsabilidades, mas, mão deixa de ser um filme do meu super herói favorito, o Homem Aranha, e grandes poderes trazem grandes responsabilidades.
LA: (risos) Ahhhh, Eu adoro também. Poxa Leo, vou ter que terminar. Estou gostando tanto de falar com você, está sendo tão bom e tem tanta coisa para perguntar, mas já estão me fazendo sinalzinho aqui para eu terminar. Eu queria agradecer a sua disponibilidade. Poxa, você aí viajando pela Europa e tem um tempinho para mim. Espero que você tenha gostado de ter conversado comigo porque eu adorei.
LP: Tamo junto! Gostei! Entrevistas assim para mim são como uma sessão de terapia. (risos)
LA: Hahaha... Deixa eu botar o óculos então para ficar mais parecido com um terapeuta! (gargalhadas)
LP: Para mim também é importante poder contar minha história. Eu sei que a minha história bastante gente conhece a fundo, mas a grande maioria das pessoas não tem conhecimento. Então, sempre quando uma plataforma me abre espaço para contar história é sempre um prazer. E agradecer aí pela abertura, pela capa.
LA: Agora, você chega lá na Jade e fala “olha, conversei com um tiozão legal. Fiz uma terapia com um tiozão legal.” Se você fizer isso eu te mato, hein! (gargalhadas)
LP: Eu vou chegar e falar para a Jade, “olha, fiz uma terapia, está tudo certo entre nós, pode continuar com sua bagunça, você é assim, eu sou assado”.
LA: Exatamente! Deixa ela. Tão linda, uma gracinha, adoro. Um dia quero fazer uma capa com ela. Deixa a menina ser do jeito que ela é, porque não tem jeito meu filho, não tem jeito elas tomam conta do pedaço.
LP: Elas, elas que mandam cara. Já dizia a Beyoncé, “who rules the world?” (quem manda no mundo?)
LA: Exatamente. Eu quero te dizer também que acompanho seu há muito tempo. Me divirto e te admiro muito. Ah, tenho uma foto com você no Mirante do Arvrão, no Vidigal. É claro que você não vai lembrar.
LP: Com certeza não. No Mirante do Arvrão... Ah, não, acho que lembro. Foi recente.
LA: Foi no Carnaval de 2020. Você chegou lá e tirei uma foto com você.
LP: Lembro. Lembro. Você falou que era da Revista PORTFOLIO.
LA: Que memória! Que delícia entrevistar você.
LP: Obrigado.
LA: Espero que um dia a gente se encontre no Gallery ou na hamburgueria. Troquei aqui o nome Galleria por Gallery.
LP: Porque você é chic.
LA: Hahaha! É porque você estava em Paris... E me envolvi pelo “ar” europeu... Mas é Galleria Bar. Fui lá mas estava fechado e depois me toquei que era por causa da pandemia. Vou voltar lá e espero te encontrar. Vai ser um grande prazer. Valeu meu querido. Muito obrigado, bom trabalho para você, boa viagem e divirta-se bastante. Um beijo para Jade e felicidades. Tudo de bom. Obrigado pelo seu tempo. Um beijão!
LP: Tchau querido. Vou correr aqui. Beijos.
Ah, que bom ter feito esta entrevista. As capas de domingo têm me trazido muita alegria. Elas acabam se tornando, para mim, um aprendizado. Cada pessoa, uma vida, uma história, uma troca de experiências que vocês não imaginam! Tudo isso, dado à empatia entre entrevistado e entrevistador, e sem falsa modéstia, esta maneira de tornar as entrevistas num bate-papo nos torna, eu e você, mais próximos das pessoas que admiramos. Espero que tenham gostado tanto quanto o LA aqui de vocês. Bom fim de domingo.
Nota do editor¹: A Belle Époque (expressão francesa que significa bela época) foi um período de cultura cosmopolita na história da Europa, que começou no fim do século XIX, com o final da Guerra Franco-Prussiana, em 1871, e durou até à eclosão da Primeira Guerra Mundial, em 1914. A expressão também designa o clima intelectual e artístico do período em questão. Foi marcada por profundas transformações culturais que se traduziram em novos modos de pensar e viver o cotidiano.
Nota do editor²: Orkut, creio eu, foi a primeira rede social no mundo. Antes dela, acho que havia só sinais de fumaça, hieróglifos e mensagens gravadas nas pedras. (risos) Mas tem lá no Google a história desta rede muito, muito antiga.
FICHA TÉCNICA
Fotos Marcelo Aauge l Beauty Marcia Lelloeta l Styling Thiago Biagi
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