07 de NOVEMBRO de 2021
Minha entrevistada de hoje é a atriz Fernanda Nobre que completará 30 anos de carreira em 2022. Ela estreou na televisão na novela da Rede Globo Despedida de Solteiro, em 1992. Desde então, ela não deixou mais a TV. São 15 telenovelas e uma dezena de séries. Seu mais novo trabalho é na nova novela das 9, Um Lugar ao Sol, que estreia amanhã, 08 de novembro. Na obra, Fernanda fará uma participação especial. Ela entra na trama para abalar a relação dos personagens de Cauã Reymond e Alinne Moraes, provocando diversas situações com o casal.
Fernanda participou de obras como A Viagem, Quatro por Quatro, Uma História de Amor e Malhação. Nesta última, ela interpretou a vilã do folhetim, Bia, que conquistou o público e fez um enorme sucesso. Por conta de seu desempenho, ela permaneceu por mais três temporadas.
Na TV Record, a atriz teve papéis de destaques em novelas de sucesso do canal, como Escrava Isaura, Cidadão Brasileiro e Poder Paralelo. Na Globo, esteve ainda no elenco de Deus Salve o Rei, em 2018.
É uma atriz que tem trabalhos expressivos no teatro. São mais de 10 espetáculos. Seu último trabalho nos palcos é a peça Desumanização, baseada na obra de Valter Hugo Mãe. A última temporada, no CCBB-Rio, teve ingressos esgotados.
Fernanda desenvolve também um trabalho em seu Instagram, postando vídeos e textos sobre feminismo e temas importantes para as mulheres. Ela divide os seus conhecimentos adquiridos através de muito estudo para potencializar a luta feminina e desmitificar tantos padrões e imposição que foram criadas para as mulheres ao longo dos séculos. Fernanda é uma artista potente e profunda, dona de um discurso consciente e informativo.
Então, vamos conhecer mais um pouco desta talentosa garota que nos presenteia com seu talento há quase 30 anos?
LUIZ ALBERTO: Que maravilha! Bem-vinda querida, Fernanda Nobre, talentosa, maravilhosa.
FERNANDA NOBRE: Obrigada, obrigada!
LA: Tão bom olhar para você e te ver, porque eu sou mais velho que você, mas eu cresci te vendo nas novelas, menina! Eu vi você com os dentes de leite, faltando dentinhos aqui na frente, olha que coisa engraçada?
FN: (risos)
LA: Você menininha linda, aquela garota linda, continua uma mulher linda.
FN: Obrigada!
LA: Fernanda, 15 novelas! Só isso? Só isso garota!
FN: (risos)
LA: E tem mais. Foi agora sucesso de bilheteria com Desumanização. Olha isso gente!
FN: Foi uma peça muito bonita. Ainda mais poder fazer nesse momento tão importante, a gente voltar...
LA: Que bom! Tão importante. Que alegria ver isso. Eu amo ver a arte retornando. É muita alegria. Adoro teatro, cinema, novela, sou noveleiro de carteirinha.
FN: Eu também sou noveleira.
LA: Você começou a trabalhar com sete, oito anos por aí?
FN: Oito anos de idade. Foi a novela das 6, Despedida de Solteiro, na Globo. Foi uma coisa que aconteceu. Eu não era uma criança que queria ser atriz. Aconteceu, gostei da brincadeira e foi virando coisa séria, uma coisa foi puxando a outra e desde então eu nunca deixei de trabalhar, sabe?
LA: Mas você foi parar lá como? Você já estava modelando? Já fazia algum trabalho?
FN: Não, nada disso. Quem era atriz, quem queria ser atriz, era minha irmã que é seis anos mais velha do que eu. Ela fazia Tablado e é muito talentosa. Acabou que hoje ela é designer, tem uma agência com grandes contas, é super bem sucedida na profissão dela, mas esse era o desejo dela. E aí, por causa disso, por causa do desejo dela, acabei fazendo um teste que era para essa novela e passei. Foi ela quem me ensaiou. Então, foi meio que ela quem me deu a profissão, sabe?
LA: Aham... Que bacana, mas ela também continua na arte, porque é designer.
FN: Ela é bem grandona... Maior talentosa.
LA: Então, na família, são duas artistas e o resto é normal... (risos)
FN: Tudo normal. Minha mãe é psicanalista, fazemos terapia desde criança...
LA: Então está tudo certo, tem terapia em casa. (risos)
FN: É, tem terapia em casa.
LA: Fernanda, quando foi que você parou na sua vida? Porque eu não consigo encontrar uma data sequer que você não tenha feito um filme, uma peça... Desde o primeiro dia que você pisou num estúdio de televisão. Eu não estou vendo aqui. Ah sim! Você deu um tempo de um ano! Você nunca parou! Háháhá como é isso? Você nunca parou!
FN: É, quando eu olho o currículo eu vejo isso, “caramba não parei”. Mas a minha existência está muito misturada com a minha profissão. Porque como eu comecei muito jovem, com oito anos, não sei muito bem quem eu sou se não fosse minha profissão. Ela moldou quem eu sou. Então, se eu não estou fazendo isso eu não sei quem eu sou, sabe? Eu não me encontro muito. Às vezes eu tô numa fase, sabe como é a carreira de ator, a gente é cheio de altos e baixos. Então tem um momento, por exemplo, de três meses sem trabalhar. Nesses três meses eu fico perdida, eu não sei exatamente quem eu sou, o que eu gosto... (risos)
LA: Háháhá...
FN: Eu preciso do trabalho para me encontrar comigo mesma. Não só pelo fato de eu amar o que faço, mas acho que também é porque eu só tenho lembrança da minha existência trabalhando nesse ofício, interpretando e construindo um personagem, nesse mergulhar, tem algum universo diferente do meu. Então eu acho que uma coisa leva a outra e eu preciso tanto disso, que fico sempre envolvida em alguma coisa.
LA: Bom, geralmente, a vida do artista, eu acho, do ator, da atriz se funde um pouco com a vida pessoal. Vocês levam uma vida totalmente diferente, horários diferentes, gravações em horários loucos, então, a vida acaba se tornando meio que uma mistura de uma com a outra. É mais ou menos isso, Fernanda?
FN: É, eu acho que o artista, fazer arte é, na verdade, abrir espaço para o mundo. Você buscar o simbólico. Eu sou uma artista na minha vida, então, o meu posicionamento político é artístico. Estou fazendo arte enquanto eu estou aqui falando com você. Porque tudo para mim é ligado nesse lugar de novas representações, novas possibilidades de mundo, novas buscas de quem eu quero ser e de quem eu sou. Então, eu estou sempre numa busca, sempre num outro olhar. Um artista pode ser um cientista, pode ser um arquiteto, a partir do momento que ele quer buscar esse simbólico. E a arte tem essa função. Ela tem a função de abrir mundos e possibilidades, de abrir pensamentos. A minha forma de pensar é muito exercitada por isso, entendeu? Eu sou uma pessoa que quase não me fecho a ideias. Eu sempre estou muita aberta a ideias novas, a mudar de opinião, a me modificar, de sempre estar olhando para mim e buscando quem eu quero ser. Isso é muito exercitado pela minha profissão, sabe? Acho que realmente está muito ligado no meu dia a dia, está muito ligado na forma como eu olho o mundo.
LA: Mudar de opinião é sempre bom. Eu aconselho a todo mundo, porque a gente não pode ter uma única opinião sobre um determinado fato.
FN: Eu sou bem intensa, bem apaixonada até pelas minhas opiniões e pelos meus posicionamentos, eu luto por eles, mas, ao mesmo tempo, estou super aberta para perceber que eu tô errada.
LA: Exatamente, exatamente.
FN: Para perceber que o mundo está caminhando para outros caminhos, “é, isso que eu falei tá meio antigo”, o caminho é outro, sabe?
LA: Exatamente. A gente vê os posicionamentos e fala, “Ih... Aquilo que eu pensava já está antigo. Já foi!” Vamos mudar o rumo, não é? E vocês artistas estão sempre em constante crescimento, aprendizado, é uma coisa que você vê, uma situação que você passa. Então, acho que fica muito ligado mesmo a vida do artista à vida de vocês. Às vezes, até uma experiência, sei lá, num supermercado... Pode ser uma experiência nova que você descobre um comportamento daquele cara lá, daquela mulher ali, que você viu. Essa forma, também, de ver os outros, as outras pessoas, também é uma busca para atrair para seus personagens?
FN: Você tá falando se é dessa maneira que eu construo um personagem? Observando o outro e talvez imitando esse outro?
LA: Isso.
FN: Não sou muito desse caminho não, sabia? Não sou uma pessoa que estou do lado de alguém, sei lá, de alguém que tem um sotaque forte, e aí começo a falar esse sotaque. Eu não sou. Ou, alguém que tenha um trejeito muito forte e eu consiga imitar rápido. A forma como eu construo é uma forma de referências artísticas mesmo. Então, para fazer um personagem na TV, às vezes, um caminho que eu busco é nas artes plásticas, sabe? Não tem nada a ver com isso. Tem um quadro específico daquele artista que me deu um insight. E a partir disso, começo a pesquisar sobre aquilo. Ou, fotografia é uma coisa que me chama muita atenção. Ah... Um fotógrafo fez um ensaio sobre uma personagem, um ensaio sobre mulheres poderosas e aquelas mulheres vão me dando uma forma de corpo, uma forma do jeito de mexer a cabeça, de maquiagem. Enfim, aí nisso, vou construindo. Ou então filme, vou mesclando uma coisa na outra. A literatura, “ah... um livro que eu li, aquele romance que tinha tal personagem, tem a ver com isso”. Vou reler. Que eu acho que bate em alguma coisa, entende? Eu vou fazendo uma pincelada de coisas que eu vou pegando durante a vida.
LA: Muito interessante...
FN: Na verdade, sinto que eu nunca paro de trabalhar porque mesmo quando eu estou de férias, há-há-há, eu estou pegando referências. Estou sempre estudando.
LA: Isso é bom. Você já foi indicada a vários prêmios e ser indicada para prêmio é um excelente reconhecimento do trabalho, não é? Um reconhecimento público do seu trabalho. Como você vê isso?
FN: Eu comecei na TV, então, a minha sensação é que o set, que foi onde eu comecei desde criança, é um lugar que sempre trabalhei, televisão, set de filmagem, é o lugar que eu mais me sinto pertencente. Você coloca uma câmera e sei exatamente o que fazer, como fazer, como me comportar, tudo. É um lugar que flui inconsciente. A forma como eu estou ali, a técnica acontece de uma forma muito inconsciente e muito confortável. E logo comecei a trabalhar em teatro profissional, criança também, mas como eu sempre estava na TV, quando fui para o teatro mais adulta, foi algo que fui conquistando, o espaço dentro desse mercado, dentro dessa linguagem. E aí fui indicada ao Prêmio Shell que é o maior prêmio para uma atriz ser indicada no Brasil. Quando eu fui indicada ao Shell por uma personagem que foi uma das mais difíceis que eu já fiz, aliás, a mais difícil. Que é uma mulher que sofreu um estupro coletivo por cinco homens, engravidou de um deles e foi um trabalho extremamente físico, porque não só a peça extremamente testosentrista, mas a direção do Fernando Philbert, foi também de um trabalho muito físico corporal, sabe? E aí, para mim, aquilo foi uma resposta tão importante, porque eu nunca achei que eu fosse ser indicada nesse veículo, nessa linguagem. Porque não era a linguagem que eu mais dominava naquele momento, não era linguagem que eu percorri uma vida até então. E foi um reconhecimento, foi uma resposta da profissão. Então, foi um momento da minha profissão que vou guardar para sempre, com muito, muito, muito agradecimento. Um momento chave. Porque foi o personagem mais difícil que eu já fiz, numa linguagem e numa técnica que eu não estava sempre acostumada. Porque a partir daí muita coisa aconteceu e foi muito importante, muito importante. E é um estímulo. Porque a nossa profissão é muito difícil. É uma profissão que a impressão que dá é que não importa quantos anos de carreira você tem, você está sempre recomeçando, você está sempre tendo que provar, é um mercado muito cheio de gente e sempre você tem que estar recomeçando e mostrando o seu trabalho. E não importa quem você seja. Porque na nossa cultura, uma cultura que está cada vez mais é difícil, mais sucateada, é muita gente boa para muito pouco espaço, infelizmente.
LA: Dá uma pena isso.
FN: Essa é a sensação. Então, você ter um reconhecimento de um prêmio é um estímulo para continuar nessa luta, continuar fazendo o que gosta.
LA: Justamente de um personagem que você mais gostou
FN: Ah, não sei se é um dos, mas sei que foi o mais difícil, que foi o mais é investigativo, de muita pesquisa, de muita doação, difícil mesmo. Um personagem que foi um grande presente!
LA: Fernanda, seu público vem mudando. Desde pequeno vi você em A Viagem, vi você em várias outras produções, mas agora você tem um público mais jovem, tem um público mais velho, como é que você vê isso? Porque você vai chegando a outras idades de público. Quando criança, aquela criancinha bonitinha e super talentosa, super bacana. Então você atrai a atenção das próprias crianças. Mas o seu público também já foi ficando mais adulto e foi continuando. Como você vê essa mudança de públicos e a chegada também de um público novo, porque na verdade, vem um público novo que passa a te acompanhar em outros grandes sucessos que você faz na TV.
LA: Eu acho que o artista, a minha profissão, ou melhor, acho que qualquer profissão, não é só a minha, mas em qualquer profissão, o mais difícil e o mais importante é a gente saber se reinventar. Então, todo mundo que tem muitos anos de profissão na sua carreira, é importante se reinventar. Eu já me reinventei muitas vezes durante esse período. Eu criança, era uma atriz mirim, numa época que não existia crianças na televisão, eram pouquíssimas na minha geração. Sei lá, três, cinco, eram muito poucas. E aí, depois, veio Malhação, que foi um grande sucesso. Foi um momento de maior sucesso da Malhação, era um acontecimento entre os jovens daquela época, da Bia, o meu personagem muito marcante, causando muita, muita raiva e muita paixão pelo público. Na sequência, fui para as novelas fazer as mocinhas. Comecei a fazer só mocinha, só menina doce e apaixonada. E aí veio a virada dos meus quase 30, vou começar a fazer as mulheres, mexer na sexualidade dos personagens. E agora estou num outro momento de reinvenção que estou mostrando mais minha personalidade, não só dos personagens. Então, foram vários ciclos que eu vivi, que fui me reinventando, que eu fui inventando uma nova Fernanda, uma nova atriz, um novo momento, né?
LA: E a internet...
FN: Eu demorei a entender a internet, não fui uma jovem ligada na internet e eu era muito mais tímida do que sou hoje, então, eu era mais purista nessa questão artística, como se uma atriz não pudesse se expor tanto. Que é uma bobagem. Isso, na verdade, é uma coisa muito da minha geração, uma bobagem que é assim que eu vejo hoje. Era uma verdadeira bobagem sem fim, se levar à sério demais e o mundo não é isso. Então, estou nessa nova reinvenção de usar internet como uma forma de mostrar a artista que eu sou a partir da minha vida, né?
LA: É a internet trabalhando para você. Porque se a gente não fizer a internet ficar ao nosso favor, trabalhar pra gente, aí não vale a pena estar nela, não é verdade?
FN: Exatamente, exatamente. E não existe mais não estar nela. O mundo mudou. Aí você está fora do sistema. Aí é outra escolha. Diferente da que eu quero, porque eu quero estar junto com o mundo contemporâneo com as mudanças de comportamento de posicionamento. Eu quero estar conectada nisso. Se eu quero estar conectado nisso, não tem como eu não estar na internet. Por exemplo, uma brincadeira que eu sempre faço, sempre reparo. Alguém da minha geração para geração mais velha, quando comento de alguém. “Ah, quem é essa pessoa? Põe aí”. Aí eu reparo se essa pessoa coloca no Google ou no Instagram. Isso diz muito.
LA: Háháhá! Verdade...
FN: Os mais velhos colocam no Google e os mais novos, jamais! É tudo no Instagram.
LA: Exatamente. (gargalhadas) E agora você está na nova novela das 9 da Globo, que estreia na próxima segunda-feira. Tem um spoillerzinho para me dar do personagem?
FN: Tenho. É uma personagem que está no começo da novela. Ela se chama Maria Fernanda, quase minha xará, e ela entra para causar um atrito na vida do personagem do Cauã e da personagem da Aline Moraes. É um caso que o gêmeo que morreu teve antes. Ela vem questionar a paternidade do filho que eles tiveram. Então é uma participação curta, de um período, mas muito foi muito gostoso de fazer. Reencontrei o Cauã depois de muitos anos, que a gente trabalhou junto em Malhação, que foi o primeiro trabalho dele, então foi super gostoso. A Aline é uma grande amiga de muitos anos, amiga muito próxima, então estava tudo em casa. E o Maurício Faria, que é o diretor, e Alicia Manzo, eu sempre quis trabalhar com eles, sempre. Então, sabe, quando você está no produto certo na hora certa? Muito bom.
LA: Ah, que bom. Fernanda, maravilha falar com você, te conhecer.
FN: Aaaa.. Obrigada.
LA: Pessoalmente, não é? Porque agora a gente fala se conhecer pessoalmente assim, na tela do Zoom...
FN: Há,há,há no mundo de hoje isso é pessoalmente, né?
LA: Porque antes eu só falava com a tela em novela. Eu sou desses que conversam com a tela. Tipo dizer, “não é isso não seu bobo, não, ela vai te enganar”, eu falo sozinho, tá?
FN: Eu também, eu também, sou super noveleira.
LA: Eu adoro, eu me envolvo na novela de tal maneira. Largo tudo, às vezes, paro de trabalhar. Uma das coisas mais deliciosas que eu gosto de fazer é assistir novela.
FN: Eu também, adoro!
LA: Eu sou do tipo que entro na novela, “Ih, agora você vai se dar mal!” Essas coisas que a minha avó fazia, tá? Eu ria dela...
FN: Maravilhoso... Eu também, “Meu Deus, ele não vai fazer nada? Tem que contar pra ela!” (gargalhadas)
LA: Eu faço isso (risos). Olha querida que prazer falar com você.
FN: Obrigada. Obrigada pelo espaço aqui, viu? Uma honra estar aqui com vocês. Muito obrigada. Muitos beijos.
LA: Muito obrigado pela gentileza, pelo seu tempo. Conta com a gente. Manda notícias sempre.
Ahhhh, queridos leitores. Mais uma entrevista que adorei fazer! Fernanda é linda, doce, talentosa e muito inteligente... O L A aqui de vocês se sente, mais uma vez, feliz e realizado de trazer para esta página mais uma entrevistada que tem muito a dizer. E como tem! Espero que tenham gostado tanto quanto eu. Aproveitem e nos sigam em nossos instagrans da @revistaportfolio e @fenobre para saber mais sobre nós...
Um domingo maravilhoso para todo mundo e beijos carinhosos, juntos com muitos abraços, do seu L A.
FICHA TÉCNICA:
Foto: Giselle Dias l Make: Walter Lobato l Moda: Marlon Portugal l Layout e finalização: Luiz Alberto Barcellos e Giovanni Albino
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