13 de NOVEMBRO de 2020
Dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) mostram a situação grave da saúde masculina durante a pandemia: cerca de 55% dos homens acima de 40 anos deixaram de fazer consulta ou tratamento médico em razão da pandemia. O urologista do São Bernardo Apart Hospital, Jório de Barros Carneiro Júnior, relata que este cenário é uma preocupação das equipes de saúde.
"O medo de todo profissional de saúde é que junto com a decisão do homem de procurar o médico somente após o período de pandemia vem a possibilidade encontrar casos já avançados, fora de possibilidades terapêuticas definitivas, levando ao maior sofrimento do paciente e seus familiares. Cabe ressaltar que tendo os devidos cuidados pessoais e dos profissionais de saúde é possível manter as consultas de rotina sem prejuízo para o paciente e com baixo risco de contaminação", destaca.
Jório alerta que a falta de acompanhamento médico preventivo de rotina, pode abrir espaço para o desenvolvimento de doenças "silenciosas" e, com isso, levar a um pior prognóstico do paciente. "Na urologia, podemos citar os cânceres de próstata, renal, e de bexiga como exemplos de doenças que podem ter poucos sintomas em suas fases iniciais e com a falta de consultas regulares perdemos tempo para o diagnóstico precoce. Entre as doenças benignas, encontramos a hiperplasia prostática benigna, que tem sintomas, porém, como os mesmos aparecem de forma lenta o nosso organismo se adapta e passamos a viver com o problema. A falta de diagnóstico precoce dos pacientes com doença benigna pode levar à necessidade de tratamento cirúrgico, sendo que poderia ser evitado ou adiado com medicações", explica.
NOVEMBRO AZUL
De acordo com dados do Ministério da Saúde, diariamente, 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e, aproximadamente, 3 milhões vivem com a doença. Diante desses dados, a coordenadora médica da São Bernardo Oncologia, Layla Nunes, também destaca a importância do diagnóstico precoce e acompanhamento médico de rotina para os homens.
"O risco de câncer de próstata aumenta após os 50 anos, mas cerca de 40% dos casos são diagnosticados abaixo dessa idade", alerta a médica. O aviso é reforçado por dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que relataram o diagnóstico de mais de 68 mil novos casos de câncer de próstata e cerca de 15 mil mortes/ano em decorrência da doença no Brasil, para cada ano do biênio 2018/2019.
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