08 de FEVEREIRO de 2021
As novas tecnologias, dispositivos digitais e hábitos da sociedade estão causando preocupações entre médicos e especialistas em oftalmologia de todo o mundo: a miopia, um distúrbio visual que impede o indivíduo de enxergar de longe com clareza, pode atingir metade da população mundial até 2050 (Fonte: Organização Mundial da Saúde – OMS).
De acordo com a oftalmologista Liliana Nóbrega, o desenvolvimento da doença se dá, principalmente, durante a infância e adolescência e tem crescido a um ritmo alarmante neste século. “Nossas crianças passam cada vez mais tempo na frente das telas, o que tem feito com que a visão se desenvolva com deficiências, podendo dobrar o grau daqueles que já possuem predisposição para a miopia ou ocasionar no seu surgimento em olhos saudáveis”, acrescenta a especialista.
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Para a Sociedade Brasileira de Lentes de Contato (Soblec), representada no Espírito Santo pela médica, apesar de ainda não haver uma epidemia declarada da doença no Brasil, como em outros países, os números já são alarmantes: mais de 30 milhões entre a população possuem o distúrbio. “Em países onde a tecnologia já está inserida na rotina há mais tempo, como no continente asiático, a incidência da miopia chega a 90% das pessoas”, alerta Liliana.
O que fazer, então, para evitar o agravamento do problema? “O amadurecimento da nossa visão acontece após os 20 anos. Por isso, pais e mães precisam se atentar para os hábitos das crianças e adolescentes, limitando o tempo que se passa na frente do celular e do computador e estimulando os exercícios ao ar livre, que exercitam a visão de longe, aumentam a oxigenação do olho e controlam as alterações anatômicas do órgão”, esclarece a oftalmologista.
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RISCOS DA MIOPIA SÃO GRANDES
A miopia traz diversos transtornos, sendo mais conhecida por dificultar a visão de objetos à distância, podendo causar dores de cabeça ao forçar a vista para enxergar. Entretanto, os riscos da doença vão muito além. “Uma pessoa com alto grau de miopia tem até duas vezes mais chance de desenvolver condições como o Glaucoma, que pode levar à cegueira, além de provocar, em alguns casos, o descolamento da retina”, conta.
O primeiro passo para o seu diagnóstico passa pela identificação dos principais sintomas, para os quais os pais devem estar alerta. São eles: dores de cabeça, cansaço associado ao esforço ocular, fechar um pouco os olhos para ver melhor, aproximar-se para assistir televisão, etc. A sala de aula é também um contexto importante para a detecção do problema, principalmente se a criança ou adolescente mostrar dificuldade em ler as informações do quadro.
Ao detectar os primeiros sintomas, deve-se procurar o apoio e auxílio de um profissional de oftalmologia. “É ele quem irá indicar com certeza o melhor tratamento, podendo orientar a família e conhecer as especificidades de cada caso”, completa Liliana Nóbrega.
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