28 de JUNHO de 2021
Já tínhamos conhecimento dos feras na arte de construir violinos, violas e cellos, luthiers, do município de João Neiva, região central do Espírito Santo. Mas, a querida Simonny Guachalla, cujo filho Daniel estuda violino, precisou fazer um reparo no instrumento do filho e recorreu ao luthier Júlio Cesar Vesper que, prontamente, consertou. Com sua sensibilidade, Simonny nos sugeriu essa pauta que, com o maior prazer, estamos trazendo pra você.
Marcos Pandolfi conheceu a luthieria através de seu amigo Ananias Gomes Gabriel, que trabalhava no ateliê que Renato Casara (fundador do Instituto Preservarte) e o Professor Túlio Lima haviam fundado em João Neiva, no Espírito Santo. Começou a trabalhar com Renato e Túlio pela indicação de Analias, fabricando um instrumento conhecido como pochete, que Renato costumava dar aos seus clientes.
No final de 2005, Kim, como é conhecido, começou a fabricar violinos e em 2006 surgiu a primeira turma de luthieria de João Neiva, sendo ele o monitor de uma das turmas. Nessa época a escola de luthieria funcionava no CEET com duas turmas de aproximadamente 10 alunos cada.
Foi nesse período que o músico Júlio Cesar Vesper conheceu a escola de luthieria. Júlio nasceu em 1987 e já conhecia a fábrica de arcos de João Neiva. Nessa época, seu interesse era encontrar uma profissão que se encaixasse com o seu trabalho de músico e, ao ouvir falar do projeto Trabalharte, sentiu interesse em participar. Ingressou na primeira turma de luthieria em 2006 e concluiu o curso após três anos. O professor Túlio Lima ofereceu a Júlio uma proposta de emprego e os dois trabalharam juntos pelo período de 1 ano e meio.
Em 2009 os dois jovens participaram do “2º Concurso Enzo Bertelli”, onde, junto a outros luthiers de João Neiva, conseguiram conquistar o 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 8º lugar, dando notoriedade a qualidade dos instrumentos produzidos no município e ao profissionalismo dos meninos.
Em 2011 Júlio embarcou para a Itália e, mesmo sem saber falar italiano, estagiou durante um mês e meio no ateliê de Massimo Negroni, um renomado e rigoroso luthier italiano e lá aprimorou suas técnicas. No Brasil, Marcos e Júlio juntaram-se a Vinícius Fachinetti e Paulo Motta, também luthiers, e assim abriram o próprio ateliê. Depois de um tempo Paulo se mudou para Guaramiranga, no Ceará e Vinicius para Tatuí.
Hoje Julio e Kim ainda trabalham juntos no ateliê que montaram (único do município), vendendo violinos, violas e cellos para o Brasil inteiro e também exportando instrumentos para a América Latina, Austrália, EUA e Europa, além de serem professores no projeto Trabalharte, o qual foi o responsável pela formação dos dois como luthiers. Além dos dois, o projeto Trabalharte formou também Vinicius Fachinetti - hoje professor no Conservatório de Tatuí, Paulo Motta - luthier em Guaramiranga, Ceará, Carlos Gomes - Professor num Projeto do Exército em Recife, entre outros.
Entre os vários instrumentos que Júlio está fabricando no momento, um merece destaque. Ele está finalizando um violoncelo encomendado pelo violoncelista solista internacional belga Ilia Laporev. O intrumento é uma réplica do J. B. Lefebvre, ano 1763, fabricado em Amsterdam que atualmente Ilia toca. O instrumentista já Integrou a Orquestra Jovem Gustav Mahler e atuou como violoncelista solista convidado nas orquestras Nacional de Lille, Solistas de Luxemburgo, Nacional da Bélgica e nas filarmônicas de Bruxelas, Luxemburgo e de Londres. Ilia gravou recentemente todas as Suitas para Violoncelo Solo de J. S. Bach.
Que conhecer mais o trabalho de Julio Cesar? Acompanhe pelo instagram @lutierjuliocesar vesper
Fonte: Site oficial da Prefeitura de João Neiva-ES
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Júlio Cesar Vesper entregando o violino de Daniel Guachalla